terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

PSD: um exemplo a não seguir.

O Partido Social-democrata chegou ao início da campanha, para o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, reclamando-se como um partido sem posição oficial. Se dúvidas existiam, sobre a posição que PSD iria assumir no decorrer da presente campanha, essas dissiparam-se com o início da campanha eleitoral.

O PSD está a fazer campanha, de uma forma descarada, pelo não (visionem-se os tempos de antena) e continua a assumir-se «sem posição oficial».

Porque não assumem, os responsáveis do PSD, de uma forma frontal que não são a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez?

Como contributo para o dignificar o referendo, enquanto instrumento democrático, bem que podiam assumir a sua posição anti-despenalização e deixar de fazer esta campanha pseudo independente onde apenas apresentam argumentos contra a despenalização da I.V.G.

Porquê dizer que o sentido de voto está entregue à consciência individual quando em campanha tudo fazem para influenciar o sentido desse mesmo voto.

Foi esta a forma que o PSD encontrou para fugir a uma derrota eleitoral sem deixar de fazer campanha?

Será esta uma forma digna de abordar o referendo sobre a despenalização voluntária da gravidez?

Algum respeito e responsabilidade são o mínimo que devemos exigir aos que desempenham, ou aspiram a desempenhar, cargos políticos.

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